Borges Horta, J. L., Bergamaschine Mata Diz, J. & Braga de Carvalho, J. P. (2024). Democracia e Desenvolvimento. A vida em risco e o Estado em reação?. Arraes Editores.

Democracia e Desenvolvimento
A vida em risco e o Estado em reação?
Gonçal Mayos contribueix amb el capítol:
Macrofilosofía del Estado. El Agente y Escenario hegemónico de la Política (pp. 35-60)
A obra que vem a lúmen como o habitual carinho editorial da Arraes é fruto do encontro de pessoas certas, no momento errado. O momento errado foi talvez dos mais difíceis e intimidadores pelos quais as civilizações mundiais vêm atravessando no curso dos milênios: a Pandemia do Coronavírus, biodesastre que se abateu sobre a fé e o saber humanos.
É curioso que, apesar dos que até hoje seguem praticando um curioso negacionismo, digamos, de esquerda, o volume de produção intelectual durante a Pandemia talvez tenha batido recordes jamais vistos, uma vez que a eliminação dos gastos e turbulências com transporte e a abertura de novas frentes de integração acadêmica, nacional e internacional, permitiram um saudável ebulir de ideias, atividades e projetos.
Na UFMG, que desde 2008 fundou o primeiro Bacharelado em Ciências do Estado do Brasil e desde 2014 acolhe cátedras, e depois centros de excelência, integrantes e subvencionados pelo sistema Jean Monnet da União Europeia, o diálogo acadêmico entre o Centro de Excelência Jean Monnet em Estudos Europeus (WISDOM I), que alberga no seu período inicial o projeto de pesquisa que inspira o título desta obra – Democracy & Development –, e o Centro Acadêmico de Ciências do Estado (CACE), que reclamava a avaliação crítica da resposta do Estado brasileiro ao desafio pandêmico (por isso a explícita premissa do risco à vida e o notório pleito da reação dos Estados), nos levou a um imenso produtivíssimo congresso internacional, do qual apenas uma parte está editada sobre a forma desta obra ao mesmo tempo crítica e contemporânea, severa e generosa, firme e plural, jurídica e política, científica e filosófica, mineira e universal, mas sobretudo comprometida com a democracia e o direito ao desenvolvimento político, social e cultural que deveria embasar nosso olhar sobre os temas agônicos do Zeitgeist.